21/11/2010

Retiro de Famílias no Laranjal

Que dia abençoado! Primeiro o Culto, com assembleia e decisões importantes para as famílias da Congregação Trindade.

Logo em seguida, isso já perto do meio dia, partimos para o Laranjal para o retiro de famílias, encerramento das atividades do grupo em 2010.

O encontro foi na propriedade da família Valadão (Oscar, Maria Luiza, Matias, Mateus e Ticiane). Lugar maravilhoso, comida preparada com muito carinho, piscina, comunhão entre as famílias, e o mais importante, o estudo da Palavra de Deus.

O tema escolhido na reunião passada foi:

A Vontade de Deus para o Casamento

O texto base para o devocional foi Gn 2.24:

“É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.”

Esta é uma afirmativa sobre o casamento que é repetida quatro vezes na Biblia. Primeiramente, ela reúne a história da criação. Depois, Jesus cita em Mateus 19.5 e Marcos 10.7, após ser interrogado sobre o divórcio. Finalmente, o apóstolo Paulo a relata em Efésios 5.31.

Este versículo cita três coisas essenciais para o casamento:

O ABANDONO (deixar pai e mãe), A UNIÃO e TORNAR-SE UMA só CARNE.

1. ABANDONO (DEIXAR PAI E MÃE)

Não pode haver casamento algum sem abandono. A palavra “abandonon” indica que um ato público e legal tem de ser realizado a fim de tornar válido o casamento. Na África, por exemplo, toda a comitiva nupcial dança, freqüentemente, por alguns quilômetros, da aldeia da noiva até a aldeia do noivo. Não existe nada de secreto nisso. Esse ato público de abandono torna o casamento legal ao mesmo tempo. A partir deste dia todo mundo sabe que esses dois serão marido e mulher, pois estão ligados pelo matrimônio.

A forma externa não é de importância primordial, mas o que é importante é o fato de que uma ação legal e pública tenha lugar.

Abandonar pai e mãe, como diz o nosso texto, “deixar pai e mãe”, quando pronunciado e lido dá para sentir um aperto no coração. O homem abandona pai e mãe. O abandono é o preço da felicidade. Deve haver uma separação completa e definitiva. Exatamente como um recém-nascido não pode crescer e sobreviver sem que ao menos o cordão umbilical seja cortado, assim também o casamento não pode crescer e desenvolver-se enquanto nenhum abandono verdadeiro, nenhuma separação definitiva da família ocorrer. Isso é difícil!!!

Devemos salientar que abandonar os pais não significa deixar ao desamparo, jogá-los fora, pelo contrário, enquanto eles viverem sempre serão os nossos pais e dignos de muito respeito. Ambos partindo estão constituindo o seu novo lar. Isso nos leva à segunda parte:

2. UNIÃO

Abandono e união se complementam. Um descreve mais precisamente o aspecto público e legal do casamento, o outro se atém mais ao aspecto pessoal. São interligados. Não se pode verdadeiramente deixar pai e mãe a menos que se tenha decidido unir.

O significado literal da palavra “unir-se” em hebraico é “estar preso a”, “apegar-se a”, “estar colado a alguém”. Marido e mulher estão colados juntos como dois pedaços de papel. Se tentarmos separar os dois pedaços de papel que estão colados, ambos se rasgam. Nessa união recíproca marido e mulher encontram-se o mais próximo possível um do outro, mais unidos do que qualquer outra coisa ou pessoa do mundo.

Mais unidos do que qualquer outra coisa - É mais importante do que o trabalho ou profissão do marido ou da mulher, mais importante do que o carro ou a limpeza da casa. Trabalhos e profissão mudam; famílias permanecem sendo as mesmas em qualquer situação.

Mais unidos do que qualquer outra pessoa - É mais importante do que os amigos, quer do marido, quer da mulher, mais importante do que os parentes, as visitas e os hóspedes.

Unir-se no sentido profundo, ser colado um ao outro é, naturalmente, apenas possível entre duas pessoas sexualmente diferentes, como afirma o nosso versículo.

Unir-se significa amar, mas uma espécie particular de amor. É um amor que tomou uma decisão e não é mais um amor tateante, ambicioso. O amor que une é um amor amadurecido, um amor que decidiu permanecer fiel - fiel a uma só pessoa - e compartilhar com essa única pessoa toda uma existência. Isso nos leva à terceira parte do nosso versículo:

3. TORNAR-SE UMA SÓ CARNE

O “tomar-se uma só carne” significa muito mais do que a simples união física. Significa que duas pessoas compartilham de tudo que possuem, não apenas os corpos, os bens materiais, mas também o pensamento e o sentimento, alegria e tristeza, esperanças e temores, sucessos e fracassos. “Tornar-se uma só carne” significa que duas pessoas se fundiram completamente numa só - corpo e alma - embora permaneçam sendo duas pessoas distintas. Este é o mais recôndito mistério do casamento. E difícil de compreender. Talvez não possamos entender. Podemos apenas experimentá-lo.

Portanto: “deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e se tomarão os dois uma só carne”. Os três pontos destacados: abandono (deixar pai e mãe), união e tomar-se uma só carne. As três partes são inseparáveis. Se faltar uma delas, o casamento não está completo.

Somente os que “deixaram” pai e mãe, e apenas aqueles que se “uniram” exclusivamente um ao outro, podem “tornar-se uma só carne”. Amém.

OBJETIVOS DO CASAMENTO

Gn 2.18 - Companheirismo - não pode deixar de ser objetivo

Gn 2.23,24 - Satisfação sexual - não pode ser o único objetivo

Gn 1.28 - Procriação - não pode ser o 1º objetivo

PAPEL DO MARIDO E DA MULHER

A Igreja Luterana mantém em seu rito de enlace matrimonial a promessa de a mulher ser “submissa ao seu marido”. Muitos, por compreenderem mal esta prescrição bíblica, rechaçam-na como tese “machista”. No entanto, este preceito nada tem a ver com o que se chama machismo. Pelo contrário, pressupõe que o marido ame, proteja, ampare e se sacrifique por sua esposa, pois o texto bíblico de Efésios 5.22-33, em que se afirma: “As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22), é seguido imediatamente da outra parte correspondente: “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela (sacrificando-se para o bem dela)... Assim também os maridos devem amar suas mulheres como a seus próprios corpos” (Ef 5.25, 28). As duas partes são inseparáveis: A mulher é submissa ao marido, que, por sua vez, é submisso a Cristo. Marido submisso a Cristo não subjuga nem maltrata sua mulher, mas promove o bem dela. Esta submissão, ao contrário do que se possa pensar, traz segurança à mulher e compromisso para o marido. Portanto, a promessa de a mulher ser submissa não pressupõe um marido dominador, mas um marido benfeitor, servo de Cristo. Qual a mulher que não vai obedecer a um marido carinhoso e preocupado em fazê-la feliz? Ambos devem se amar, o que se mostra principalmente em ações visando a felicidade do outro em primeiro lugar. Se a pessoa a quem eu amo é feliz, eu também serei. Divergências são melhor resolvidas ouvindo mais do que falando. Ceder por amor.

AS ALIANÇAS

Alianças são símbolos de compromisso e fidelidade. As alianças são de ouro, metal mais precioso - como deve ser precioso o clip_image002matrimônio para um casal. O ouro é também o metal mais maleável que existe - assim como os cônjuges devem ser maleáveis, abrindo mão de si mesmos em benefício do outro. As alianças são anéis ou cintas sem fim - assim como o matrimônio é para toda a vida.

16/11/2010

A profecia de Sílvio Santos

Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar. Sílvio Santos vem aí... Quem não conhece esta marchinha? No entanto, o apresentador mais popular do Brasil está vivendo na carne a profecia que “do mundo não se leva nada”. Em dezembro ele completa 80 anos, e recebe um presente de grego – ele que é de origem grega. Um dos negócios dele, o Panamericano, está falido. Este banco usou dinheiro que não tinha como garantia de empréstimo, uma fraude de R$ 2,5 bilhões. Nesta semana Silvio Santos anunciou que vai demitir 40 parentes envolvidos no esquema. Até parece Ali Babá e os 40 ladrões. A lenda conta que Ali Babá, um pobre lenhador árabe, encontrou um tesouro numa caverna, que se abre com as palavras "Abre-te Sésamo". Na história real, as palavras mágicas estavam nos baús de presentes de Natal para crianças, vendidas em prestações, que se transformaram no famoso Baú da Felicidade. 

Histórias assim ouvimos todos os dias: gente “rica” que é pobre mas vive com aparência de riqueza, fortunas que desaparecem, fraudes, parentes que enganam parentes, empresas familiares que quebram na segunda ou terceira geração, e tantas outras parecidas. São as surpresas dos “baús” deste mundo onde tudo passa. “Nú saí do ventre de minha mãe, e nú voltarei”, queixou-se o sofrido Jó. O rico rei Salomão também sabia que “como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada” (Eclesiastes 5.15). Por isto, nenhuma surpresa a desventura do Silvio Santos. Bancos e empresas quebram todo o santo dia. Aliás, desconfia-se que outros bancos onde nosso dinheiro está guardado também escondem o jogo num baú repleto de fraudes.

Por isto a história do Natal, o baú da felicidade sem surpresas desagradáveis. Natal é o inverso do Panamericano, que se fez de rico mas era pobre. No baú da manjedoura, Jesus Cristo que era rico, se tornou pobre para que nós ficássemos ricos por meio da pobreza dele (2 Coríntios 8.9). Ele, num domingo, entrou em Jerusalém e as pessoas cantavam Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar. Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar. Jesus Cristo vem aí... Melhor mesmo as palavras do evangelista: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Marcos 11.9).

Marcos Schmidt