Que dia abençoado! Primeiro o Culto, com assembleia e decisões importantes para as famílias da Congregação Trindade.
Logo em seguida, isso já perto do meio dia, partimos para o Laranjal para o retiro de famílias, encerramento das atividades do grupo em 2010.
O encontro foi na propriedade da família Valadão (Oscar, Maria Luiza, Matias, Mateus e Ticiane). Lugar maravilhoso, comida preparada com muito carinho, piscina, comunhão entre as famílias, e o mais importante, o estudo da Palavra de Deus.
O tema escolhido na reunião passada foi:
A Vontade de Deus para o Casamento
O texto base para o devocional foi Gn 2.24:
“É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.”
Esta é uma afirmativa sobre o casamento que é repetida quatro vezes na Biblia. Primeiramente, ela reúne a história da criação. Depois, Jesus cita em Mateus 19.5 e Marcos 10.7, após ser interrogado sobre o divórcio. Finalmente, o apóstolo Paulo a relata em Efésios 5.31.
Este versículo cita três coisas essenciais para o casamento:
O ABANDONO (deixar pai e mãe), A UNIÃO e TORNAR-SE UMA só CARNE.
1. ABANDONO (DEIXAR PAI E MÃE)
Não pode haver casamento algum sem abandono. A palavra “abandonon” indica que um ato público e legal tem de ser realizado a fim de tornar válido o casamento. Na África, por exemplo, toda a comitiva nupcial dança, freqüentemente, por alguns quilômetros, da aldeia da noiva até a aldeia do noivo. Não existe nada de secreto nisso. Esse ato público de abandono torna o casamento legal ao mesmo tempo. A partir deste dia todo mundo sabe que esses dois serão marido e mulher, pois estão ligados pelo matrimônio.
A forma externa não é de importância primordial, mas o que é importante é o fato de que uma ação legal e pública tenha lugar.
Abandonar pai e mãe, como diz o nosso texto, “deixar pai e mãe”, quando pronunciado e lido dá para sentir um aperto no coração. O homem abandona pai e mãe. O abandono é o preço da felicidade. Deve haver uma separação completa e definitiva. Exatamente como um recém-nascido não pode crescer e sobreviver sem que ao menos o cordão umbilical seja cortado, assim também o casamento não pode crescer e desenvolver-se enquanto nenhum abandono verdadeiro, nenhuma separação definitiva da família ocorrer. Isso é difícil!!!
Devemos salientar que abandonar os pais não significa deixar ao desamparo, jogá-los fora, pelo contrário, enquanto eles viverem sempre serão os nossos pais e dignos de muito respeito. Ambos partindo estão constituindo o seu novo lar. Isso nos leva à segunda parte:
2. UNIÃO
Abandono e união se complementam. Um descreve mais precisamente o aspecto público e legal do casamento, o outro se atém mais ao aspecto pessoal. São interligados. Não se pode verdadeiramente deixar pai e mãe a menos que se tenha decidido unir.
O significado literal da palavra “unir-se” em hebraico é “estar preso a”, “apegar-se a”, “estar colado a alguém”. Marido e mulher estão colados juntos como dois pedaços de papel. Se tentarmos separar os dois pedaços de papel que estão colados, ambos se rasgam. Nessa união recíproca marido e mulher encontram-se o mais próximo possível um do outro, mais unidos do que qualquer outra coisa ou pessoa do mundo.
Mais unidos do que qualquer outra coisa - É mais importante do que o trabalho ou profissão do marido ou da mulher, mais importante do que o carro ou a limpeza da casa. Trabalhos e profissão mudam; famílias permanecem sendo as mesmas em qualquer situação.
Mais unidos do que qualquer outra pessoa - É mais importante do que os amigos, quer do marido, quer da mulher, mais importante do que os parentes, as visitas e os hóspedes.
Unir-se no sentido profundo, ser colado um ao outro é, naturalmente, apenas possível entre duas pessoas sexualmente diferentes, como afirma o nosso versículo.
Unir-se significa amar, mas uma espécie particular de amor. É um amor que tomou uma decisão e não é mais um amor tateante, ambicioso. O amor que une é um amor amadurecido, um amor que decidiu permanecer fiel - fiel a uma só pessoa - e compartilhar com essa única pessoa toda uma existência. Isso nos leva à terceira parte do nosso versículo:
3. TORNAR-SE UMA SÓ CARNE
O “tomar-se uma só carne” significa muito mais do que a simples união física. Significa que duas pessoas compartilham de tudo que possuem, não apenas os corpos, os bens materiais, mas também o pensamento e o sentimento, alegria e tristeza, esperanças e temores, sucessos e fracassos. “Tornar-se uma só carne” significa que duas pessoas se fundiram completamente numa só - corpo e alma - embora permaneçam sendo duas pessoas distintas. Este é o mais recôndito mistério do casamento. E difícil de compreender. Talvez não possamos entender. Podemos apenas experimentá-lo.
Portanto: “deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e se tomarão os dois uma só carne”. Os três pontos destacados: abandono (deixar pai e mãe), união e tomar-se uma só carne. As três partes são inseparáveis. Se faltar uma delas, o casamento não está completo.
Somente os que “deixaram” pai e mãe, e apenas aqueles que se “uniram” exclusivamente um ao outro, podem “tornar-se uma só carne”. Amém.
OBJETIVOS DO CASAMENTO
Gn 2.18 - Companheirismo - não pode deixar de ser objetivo
Gn 2.23,24 - Satisfação sexual - não pode ser o único objetivo
Gn 1.28 - Procriação - não pode ser o 1º objetivo
PAPEL DO MARIDO E DA MULHER
A Igreja Luterana mantém em seu rito de enlace matrimonial a promessa de a mulher ser “submissa ao seu marido”. Muitos, por compreenderem mal esta prescrição bíblica, rechaçam-na como tese “machista”. No entanto, este preceito nada tem a ver com o que se chama machismo. Pelo contrário, pressupõe que o marido ame, proteja, ampare e se sacrifique por sua esposa, pois o texto bíblico de Efésios 5.22-33, em que se afirma: “As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22), é seguido imediatamente da outra parte correspondente: “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela (sacrificando-se para o bem dela)... Assim também os maridos devem amar suas mulheres como a seus próprios corpos” (Ef 5.25, 28). As duas partes são inseparáveis: A mulher é submissa ao marido, que, por sua vez, é submisso a Cristo. Marido submisso a Cristo não subjuga nem maltrata sua mulher, mas promove o bem dela. Esta submissão, ao contrário do que se possa pensar, traz segurança à mulher e compromisso para o marido. Portanto, a promessa de a mulher ser submissa não pressupõe um marido dominador, mas um marido benfeitor, servo de Cristo. Qual a mulher que não vai obedecer a um marido carinhoso e preocupado em fazê-la feliz? Ambos devem se amar, o que se mostra principalmente em ações visando a felicidade do outro em primeiro lugar. Se a pessoa a quem eu amo é feliz, eu também serei. Divergências são melhor resolvidas ouvindo mais do que falando. Ceder por amor.
AS ALIANÇAS
Alianças são símbolos de compromisso e fidelidade. As alianças são de ouro, metal mais precioso - como deve ser precioso o
matrimônio para um casal. O ouro é também o metal mais maleável que existe - assim como os cônjuges devem ser maleáveis, abrindo mão de si mesmos em benefício do outro. As alianças são anéis ou cintas sem fim - assim como o matrimônio é para toda a vida.