30/04/2014

Trabalho produtivo

Conforme o Jornal Nacional na série sobre produtividade desta semana, o Brasil é um país com pouco rendimento no trabalho. Exemplo: um trabalhador norte americano produz em um dia o que o brasileiro leva quase seis. Complicado fazer comparações quando o transporte é precário, o salário é baixo, o ambiente de trabalho é ruim e outros empecilhos que desanimam o trabalhador. Mas a gente sabe, o jeitinho brasileiro e a própria corrupção nos negócios, na política e na economia atrapalham o desenvolvimento do país. A falta de produtividade, porém, está em todos os países porque tem origem e efeito universais: "Terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que a terra produza algum alimento" (Gênesis 3.19). Qualquer filho de Adão, competente ou preguiçoso, está sujeito ao prejuízo pelo simples fato de viver num mundo onde “o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males” (1 Timóteo 6.10).

Ganância, cobiça, inveja, e um monte de coisa ruim junto a maldição da erva daninha (Gênesis 3.18) faz deste mundo um lugar improdutivo e com tanto trabalhador na miséria. Por isto a insistência de que “não adianta trabalhar demais para ganhar o pão, levantando cedo e deitando tarde, pois é Deus que dá o sustento aos que ele ama mesmo quando estão dormindo” (Salmo 127.2). Para ser um trabalhador produtivo, é preciso antes de tudo orar: "o pão nosso de cada dia nos dá hoje", na submissão de que tudo vem do céu: a saúde, a inteligência, o talento, a disposição, o emprego, a terra, o sol, a chuva...

Produtividade, por isso, é muito mais que receita, produção, desenvolvimento, riqueza. O apóstolo, que disse "quem não quer trabalhar que não coma", recomendou: "Que o amor de vocês cresça cada vez mais e que tenham sabedoria e um entendimento completo, a fim de que (...) a vida de vocês esteja cheia das boas qualidades que só Jesus Cristo pode produzir, para a glória e o louvor de Deus" (Filipenses 1.9,11). Assim, trabalho produtivo é aquele que glorifica a Deus que serve no amor ao próximo. Uma utopia?

Marcos Schmidt, pastor luterano (marsch@terra.com.br). Igreja Evangélica Luterana do Brasil. Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS.

24/04/2014

Vamos ser transformados

       A preocupação com o nosso corpo e os bens materiais é compreensível e necessária. Precisamos cuidar daquilo que é muito valioso e indispensável para uma vida feliz e agradável. No entanto, existe algo ainda mais importante que exige enormes cuidados. Trata-se da nossa vida espiritual.  Ela será determinante com respeito ao nosso futuro.

        Muitos dos sofrimentos que não passam estão relacionados com a vida material e imediata. Sem perspectivas de algo mais vital e duradouro nos limitamos a planejar esta curta vida. Consolar pessoas diante de tragédias que envolvem mortes de ente queridos é uma tarefa cada vez mais difícil.

       A ressurreição de Cristo é uma notícia que deve ser anunciada em todo o mundo e chegar a todas as pessoas. Ela é o resultado da ação amorosa de Deus para com a humanidade. Muito mais do que apenas uma informação fantástica, a mensagem da Páscoa precisa ser aceita em verdadeira fé e lembrada diariamente. Na prática, a vitória de Jesus sobre a morte, é estendida a todo aquele que o aceita como Salvador dos seus pecados e Senhor em sua vida. O que mais?

       Nas Escrituras Sagradas está escrito: “Escutem bem este segredo: nem todos vamos morrer, mas todos nós seremos transformados, num instante, num abrir e fechar de olhos, quando tocar a última trombeta. Ela tocará, os mortos serão ressuscitados como seres imortais, e todos nós seremos transformados. Pois este corpo mortal precisa se vestir com o que é imortal; este corpo que vai morrer precisa se vestir com o que não pode morrer.” (1 Coríntios 15.51-53).

       Vamos ser transformados. Os crentes em Cristo, passando ou não pela morte, no fim dos tempos ficarão perfeitos no corpo e na alma. Acreditar nesta verdade divina faz toda a diferença no nosso dia a dia. Jesus, ao ressuscitar no terceiro dia, nos garante consolo para o sofrimento e a certeza da vida perfeita e eterna.    

Pastor Fernando E. Graffunder (fergraff@terra.com.br). Pelotas, RS.

17/04/2014

CULTOS NA SEMANA SANTA

Quinta-Feria Santa: 20h (Bom Pastor)

Sexta-Feria Santa: 18h (Trindade)

Domingo de Páscoa: 07h (Trindade)

Venham todos. Vamos juntos viver esses momentos tão importantes para todos os cristãos.

Todos são bem vindos!

08/04/2014

Por qualquer vento!

Podemos confiar nas pesquisas? Nestas onde se diz que "foram ouvidas tantas pessoas em tantos lugares em tais dias, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos"? Se até o leite das criancinhas é manipulado, porque os números tão influentes não seriam, neste jogo de interesses? As vezes pode ser por um simples erro de planilha, conforme explicação do Ipea. Dias atrás o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou que 65% dos brasileiros concordam que mulheres com corpo à mostra merecem ser atacadas, mas depois o instituto corrigiu: são 26%. Mas o estrago já tinha sido feito. E os números da inflação, do mercado de trabalho, das intenções de voto? Infelizmente, ficar atento e com o pé atrás nas coisas que vêm prontinhas e empacotadas é o único jeito para escapar dos predadores.

Jesus certa vez alertou que devemos ser espertos como as cobras e sem maldade como as pombas (Mateus 10.16) num terreno onde praticar a fé e o amor cristão significa fraqueza e idiotice.  No contexto bíblico, Jesus disse isto ao tratar das manipulações que ele próprio seria vítima, depois que Barrabás venceu por voto induzido. Mais tarde, Nero colocou fogo em Roma e jogou a culpa nos cristãos. Semana passada um casal cristão foi condenado à morte no Paquistão porque, segundo o governo local, blasfemou contra Maomé. "Por serem meus seguidores vocês serão perseguidos", afirmou Jesus. Os números não aparecem na mídia, mas a cada onze minutos, um cristão é martirizado no mundo. E nos países com liberdade de crença? Existe perseguição religiosa? De forma sutil - como em certas pesquisas - existe. É só perguntar aos 86,8% do povo brasileiro, que segundo as estatísticas, são cristãos: "você acha fácil falar da sua fé?". Foi por esta situação difícil que o apóstolo sugeriu mais firmeza na Verdade: "Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas" (Efésios 4.14).

Marcos Schimt, pastor luterano (marsch@terra.com.br). Igreja Evangélica Luterana do Brasil - Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS.