30/05/2012

Abuso Sexual

A declaração da Xuxa revelando ter sido vítima de abusos sexuais quando criança alimentou comentários e reflexões sobre o assunto, que efetivamente é uma triste e dura realidade.

Convido a sociedade a repensar a maneira que lidamos com a sexualidade – e acuso, em especial, a pornografia como grande alimentadora dos abusos, pois a pornografia trata a sexualidade de maneira extremamente vulgar.

Toda vez que um estuprador é preso, a polícia encontra em sua casa uma grande quantidade de material pornográfico, o que revela que minha acusação é fundamentada e não está apenas no mundo das ideias.

O que quero denunciar aqui é que os abusos sexuais estão sendo alimentados pela maneira como estamos vivendo. A mesma sociedade que reclama é a que alimenta essa situação. Desde já deixo claro que a sexualidade é dom de Deus – não é pecado, mas sim a promiscuidade, tão comum em nossos dias.

Sei que os abusos acontecem desde que o pecado entrou no mundo, mas nos últimos tempos, cada vez mais temos tratado a sexualidade como algo descartável. Os aliciadores à prostituição são mais diretos e criativos. A indústria pornográfica é uma das mais lucrativas! Propagandas recheadas de erotismo barato são veiculadas diante de crianças e adolescentes. Músicas praticamente incentivam o abuso! Não tenho dúvidas, que tudo isso alimenta mentes desequilibradas. O resultado é que mulheres e crianças são estupradas, casamentos são desfeitos, doenças sexualmente transmissíveis multiplicam-se, e o dilema social das mães carentes e solteiras aumenta consideravelmente.

Enquanto a pornografia é aceita e difundida, a Palavra do Criador é considerada babaquice e até mesmo é proibida em instituições.

Fidelidade? Amor e respeito? Isso são coisas para os caretas! Porém, ouso dizer que os chamados caretas vivem com mais intensidade e felicidade a sua vida sexual em seus casamentos, uma vez que ela não acaba no final de uma festinha, mas permanece estável em um relacionamento recheado de sentimentos nobres e constantes, sem aquele vazio de quem foi usado, sem aquele medo de ser descartado!

O devaneio dos abusadores e os traumas dos abusados podem ser tratados a partir do rigoroso amor de Deus, que nos presenteia com a alegria do correto “uso” da sexualidade e com o amor de Jesus, que morreu na cruz, para pagar o preço pelos “abusos” da humanidade e dar uma esperança aos que desejam recomeçar suas vidas.

Pastor Ismar L. Pinz

ismarpinz@yahoo.com.br

Comunidade Luterana Cristo Redentor – Pelotas, RS.

22/05/2012

Congresso Dijesul

Nos dias 19 e 20 nossos jovens participaram do 55º Congresso Administrativo e Cultural do Dijesul.

Foram momentos muito bonitos de crescimento na Palavra de Deus e também na amizade entre os irmãos. Todos aproveitaram muito e se alegraram por este abençoado evento.

Como no ano passado, nossos jovens tiveram uma participação marcante. Alcançaram a quinta colocação, tanto no teste bíblico como também na música.

Tenho certeza de que um dos momentos que marcou este congresso foi a apresentação musical da Jutripel. Foi tudo muito lindo... emocionante mesmo. E isso rendeu muitos comentários de todas as pessoas que assistiram.

Infelizmente os jurados não nos deram o primeiro lugar, mas estivemos no lugar mais alto dentro do coração dos presentes. E isso é o mais importante. A música não é feita para ganhar prêmios, mas para ganhar corações e almas.

Parabéns a Jutripel pelo exemplo na participação.

Ano que vem tem mais.

Pastor Marcio

16/05/2012

Ascensão do dólar e de Jesus

A Ascensão de Jesus lembrada nesta quinta-feira tem efeitos parecidos com a ascensão do dólar: alguns gostam, outros acham ruim, e há os indiferentes. Sobre a moeda americana, os economistas explicam as consequências no câmbio que logo sentiremos no bolso. E a subida de Jesus aos céus? Como disse, tem pessoas que nem estão aí. Mas, nesta analogia com as implicações do dinheiro na vida das pessoas, nas devidas diferenças todos dependem da “economia divina”. Bem disse Paulo a um grupo de pessoas na câmara municipal de Atenas, conforme Atos 17: “É Deus quem dá vida a todos, respiração e tudo mais... Nele vivemos, nos movemos e existimos”. O lado tranquilizador é que Deus não oscila, não desvaloriza, não muda. É uma dependência boa. Já quanto ao dólar, tem gente arrancando os cabelos.

Por isto escreve Paulo numa de suas cartas: “Como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. Esse poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial” (Efésios 1.18-20). Enquanto o dólar – e tudo o que ele é e representa no reino financeiro e político – exerce um poder de domínio e subordinação, a subida de Jesus lembra o poder do amor e do serviço que ele mesmo prestou e recomendou.

Infeliz ou felizmente, ninguém vive sem dinheiro. Por isto a resposta de Jesus quando lhe deram uma moeda e lhe perguntaram “é lícito pagar impostos?”: “Deem ao imperador o que é do imperador e a Deus o que é de Deus”. Não tem como fugir desta sujeição aos cifrões. Mas daí, lembramos que temos um Senhor que subiu aos céus e intercede por nós, e que nos ensinou a orar “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”. Nas oscilações deste mundo, ele também prometeu: “Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas” (Mateus 6.33).

Marcos Schmidt, pastor luterano.

marsch@terra.com.br

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

11/05/2012

Ensinamentos de mãe!

hospital

Este ano passarei o décimo quinto Dia das Mães longe da minha mãe querida. A vida de pastor não é fácil, principalmente no que diz respeito à família. Tanto pastor como esposa geralmente vivem longe de seus familiares.

Mesmo não estando perto da minha mãe para abraçá-la nesse dia especial, posso senti-la sempre perto de mim, ao meu lado.

O sábio rei Salomão escreveu no livro de Provérbios (6.20-22): “Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus ensinamentos o guiarão quando você viajar, protegerão você de noite e aconselharão de dia.

Existe também um ditado popular que diz: “A gente cria os filhos para o mundo.” É inevitável que os filhos saiam de casa, é o curso natural da vida. Alguns saem, mas ficam perto, outros vão pra bem longe. Não importa onde estejam os filhos, se a mãe lhes ensinou boas coisas, com certeza eles estarão bem.

Me lembro de quando estava na casa dos meus pais e recebi uma consulta de chamado pra voltar pro Rio Grande do Sul. Quando conversei com minha mãe a respeito senti seu coração apertado, contudo sua palavra foi: “Se você estiver feliz eu também estarei.” Só pode dizer isso uma mãe que está certa dos seus ensinamentos.

A exemplo de Eunice, a mãe do pastor Timóteo, minha mãe me ensinou na Palavra de Deus, as palavras que nos tornam sábios para a salvação em Cristo Jesus. Palavras que nos protegem a noite e aconselham de dia.

Queridas mães, este é o maior presente que vocês podem dar a seus filhos. Filhos ouçam com atenção e recebam com muito carinho os ensinamentos de suas mães em seus corações, tudo que elas fazem é para o bem de vocês.

Amém.

Pastor Marcio Loose

02/05/2012

TRABALHO

Kamila Almeida, numa reportagem de Zero Hora (29/04/2012), sob o título O trabalho que transforma vidas, diz que “já na época de Adão e Eva, o trabalho não era visto como algo exatamente positivo”, pois o casal bíblico foi expulso do paraíso e teve de “conquistar o pão com o suor do seu rosto”. Mas, continua a reportagem, “hoje, o mercado se abriu e se tornou muito mais do que uma fonte de renda, uma forma de tornar a vida mais prazerosa”.

Quem fez uma interpretação ainda mais positiva do trabalho foi Lutero ao falar da vocação das pessoas para os diversos tipos de trabalho. Ele entendia que “vocação” é servir os outros e nisso a espiritualidade é trazida para a nossa vida prática de cada dia. Ele costumava dizer que Deus está oculto na nossa vida diária. A rotina comum de ganhar a vida, ir ao supermercado, ser um bom cidadão, gastar tempo com a família, são esferas nas quais Deus opera, através de meios humanos. Na explicação do primeiro mandamento no Catecismo Maior ele escreve: “Pois, ainda que, de resto, muita coisa boa nos venha de homens, todavia, é receber de Deus tudo quanto se recebe por seu mandamento e ordem. As criaturas são apenas a mão, o canal e o meio através de que Deus tudo concede”.

É bom lembrar que Deus está intimamente envolvido em tudo o que existe. Deus é ativo e opera através dos meios.  Se no reino espiritual ele opera através dos meios de graça (Palavra e Sacramentos), no reino terreno, ele governa por meio da vocação.

Se pedimos, no Pai Nosso, pelo pão de cada dia, então oramos pelo nosso emprego, pelo desempenho da economia do nosso País, pelo agricultor que planta o trigo, pelo caminhoneiro que o transporta, pelo moinho que faz a farinha, pelo padeiro que faz o pão, pelo comerciante que o vende. Cada parte desta cadeia alimentar econômica é uma vocação, através da qual Deus opera e distribui os seus dons.

Entender o trabalho como uma vocação ou um chamado de Deus para que esse círculo de dádivas que permite o funcionamento do mundo torna a vida mais prazerosa. Esta é a canção do Salmo 128: “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem”.

Edgar Lemke

Pastor luterano da Congregação “da Cruz”

Petrópolis, Porto Alegre – RS