25/01/2013

Estudando a Bíblia

Texto: Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna.  E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor (João 5.39).

Um homem irreligioso ganhou uma bíblia de presente. Em casa depois do jantar trocou o costume de viajar na internet pela leitura da bíblia. Depois de um tempo ele exclamou angustiado para a esposa que estava concentrada na novela: - Mulher, se este livro for verdadeiro nos estamos perdidos! Talvez tenha se deparado com o Salmo 1.5: “No Dia do Juízo eles serão condenados e ficarão separados dos que obedecem a Deus”.

O homem continuou lendo a bíblia com mais interesse e, após muita leitura, disse para a esposa: “Mulher, se este livro for verdadeiro, pode ser que a gente se salve”. Quem sabe tenha lido João 3.16: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”.

O homem fez da leitura da bíblia uma rotina diária. Certo dia ele gritou para a esposa: “Mulher, este livro é a verdade; nós estamos salvos”! Possivelmente tenha se tornado um homem de fé com as palavras do Senhor Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25).

A Bíblia é autoridade em questões de fé e vida cristãs. Na discussão com os líderes religiosos que estudavam as Escrituras, mas não o reconheciam como o Messias, nem aceitavam seu testemunho pessoal, Jesus apelou para o seu depoimento ao dizer: “Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor” (João 5.39).

Jesus aprofunda a discussão com aqueles religiosos: “Mas vocês não querem vir a mim a fim de ter vida” (João 5.40). Ele disse isso porque, com o Pai, é a fonte da vida. Ele é a Palavra que já existia antes de ser criado o mundo e, “no tempo certo, veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus” (Gl 4.4).

Num tempo de tantas opções de leitura, nos fará muito bem estudarmos as Escrituras que dão testemunho do Salvador Jesus. Podemos encontrar nelas a vida eterna e afirmar com convicção: “Este livro é a verdade; nós estamos salvos”!

Edgar Lemke – Pastor da Comunidade Evangélica Luterana “Da Cruz”, Porto Alegre.

23/01/2013

Terapia de habituação

Já fui a vários médicos e eles me disseram que o zumbido nos meus ouvidos não tem solução. Pior é que ninguém escuta este barulho na minha cabeça, não posso denunciar à polícia nem exigir que se cumpra a lei do silêncio. Dizem que uma forma de tratar o zumbido é como a gente suporta o barulho da geladeira na cozinha: esquecendo. É a terapia de habituação do zumbido, tratamento que ensina o paciente a conviver com o som a ponto de não mais notá-lo.

Parece que nesta vida de "barulhos" sem solução tudo funciona assim, pela terapia de habituação. Apesar de que o conformismo em certas situações é outra incômoda balbúrdia. Mas tem coisas que não tem remédio mesmo, e se a vítima concentrar-se no infortúnio, cai em desgraça e pode até ficar louca. Tudo indica que Paulo usou esta técnica, conforme a carta aos Filipenses. Diz que aprendeu o segredo de se sentir contente em todo o lugar e em qualquer situação: a força que Cristo lhe dá (4.13).  Ele afirma que a fé cristã, além de garantir no futuro glorioso a cura completa dos zumbidos e companhia (3.21), ela ajuda a conviver com os problemas nesta vida. Por isto a orientação dele: "Encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente" (4.8). O que é um enorme desafio neste universo de tumultos e burburinhos, onde nosso consciente e subconsciente recebem uma infinidade de coisas más, mentiras e indecências. Não é isto mesmo? Porque junto com os barulhos reais e ensurdecedores das máquinas e aparelhos eletrônicos, decibéis nocivos de informações tumultuam os ouvidos de nossa mente, tanto que já nem sabemos o que é bom e o que é ruim. Por isto, no oásis do silêncio pela meditação das Sagradas Escrituras, o apóstolo diz que "a paz de Deus que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente" (4.7).  E assim esquecemos das coisas que incomodam, e a vida segue melhor.

Marcos Schmidt

Pastor luterano

marsch@terra.com.br

20/12/2012

Natal – tristeza e alegria

Os últimos dias de um ano são muito festivos. Pelo espírito natalino acontecem tréguas nos relacionamentos mais difíceis; a troca de presentes é indispensável e os banquetes e ceias acontecem em quase todos os lares. Na virada de ano a euforia toma conta das pessoas e as esperanças de um ano melhor são reforçadas.

Os primeiros dias de um ano, para muitas pessoas, são terríveis. É o momento de contabilizar as despesas e projetar a melhor maneira de livrar-se delas o quanto antes, se for possível. O que antes era celebração se torna um grande pesadelo. As crises nos relacionamentos não foram resolvidas e voltam com maior intensidade. O que deveria ser alegria transforma-se em tristeza.

A tristeza maior do Natal está relacionada ao fato de que as pessoas esquecem-se do Deus Criador, ou nada sabem a respeito. Ele assumiu a natureza humana e nasceu como tal numa pequena cidade chamada Belém. Em Jesus Cristo está comprovado todo o amor que Deus tem pela humanidade. Ele veio para salvar o seu povo dos pecados deles. Um anjo do Senhor apareceu a José num sonho e disse: ”Maria terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.” Mateus 1.21. Sem a verdadeira fé cristã não é possível celebrar o Natal no seu real sentido.

A maior alegria do Natal acontece somente com as pessoas que receberam o maior de todos os presentes: a fé que aceita Jesus como Salvador. Para estas pessoas, os dias que seguem a este período festivo têm tudo para melhorar. Foi o que aconteceu com os pastores de ovelhas na noite em que Jesus nasceu. Eles receberam a visita de um anjo e este lhes disse: “Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês – o Messias, o Senhor!” Lucas 2.10-11.

Receber e crer na notícia de que Jesus nasceu para morrer na cruz por causa dos nossos pecados é o começo para celebrar o Natal com muita alegria. Feliz Natal!

Pastor Fernando Emilio Graffunder

fergraff@terra.com.br

Pelotas, RS

18/12/2012

Cristo Jesus e a Vitamina do Sol

Cartaz IELB 2013 (2)

A vitamina D é chamada de vitamina do sol. Ela ajuda o organismo a absorver o cálcio e assim fortalece os ossos. A falta desse mineral pode causar diversas doenças. O corpo até tem a capacidade de produzir a vitamina D, mas, para isso, é necessário tomar sol, pois os raios solares ativam a substância no organismo. É preciso, porém a medida certa de sol, pois o excesso é prejudicial.

Apesar de o Brasil ser um país tropical e de muita incidência de sol, grande parte dos brasileiros não consome a quantidade necessária de vitamina D. Isso sem contar que o sol é uma a vitamina gratuita e está disponível diariamente.  Quem não recebe esta vitamina não é por culpa do sol. O sol está no lugar dele. Basta usá-lo.

O Senhor Jesus é chamado de “Sol Nascente” e “Sol da Justiça” (Malaquias 4.20). Através da profecia de Zacarias, pai de João Batista, Deus disse: “O Senhor fará brilhar sobre nós a sua luz” (Lucas 1.78).  Ele também está disponível gratuitamente. A falta da luz de Cristo gera grandes doenças na alma, pois nos enfraquece espiritualmente. Mas quem não o recebe não é por culpa de Cristo. Ele também está no lugar dele, de onde brilha sobre nós através da Palavra e nos capacita para o serviço do seu reino.

Façamos uso equilibrado do sol que é de graça, mas muito mais de Cristo Jesus. Ele se doou inteiramente por nós. Seus raios e sua luz nunca serão excesso para nós.

Pastor David Karnopp

06/12/2012

Do Olímpico para a Arena

É difícil, a não ser que se faça uma pesquisa, saber o que aconteceu nesses 58 anos de Olímpico. É difícil também imaginar como será daqui a 58 anos. Não conhecemos nosso amanhã, e a maravilha da vida é justamente as surpresas do outro dia.

Se o mundo não acabar conforme a previsão maia, no dia 21 de dezembro de 2012, o dia 02 de dezembro se tornou histórico, o ultimo jogo no Olímpico.

Dia 02 de dezembro de 2012 não foi apenas um dia para a historicidade futebolística, para a igreja cristã foi o inicio do Advento. Para muitos passou despercebido, afinal, era Grenal, dia histórico, de festa. Era a despedida do grande e magnífico Olímpico.

O jogo em si me fez lembrar fatos que relacionam com o nosso advento atual. Para os cristãos advento é um período de preparação. E essa preparação não envolve apenas a comemoração do nascimento de Jesus, mas sim, a preparação para a segunda volta de Jesus, um assunto intensamente discutido e até colocado em dúvida.

Ao escrever sobre a segunda volta de Jesus, me imagino dentro do antigo estádio olímpico. É dia de decisão. Mas a exemplo do jogo, também estamos em meio a uma multidão eufórica. No campo, assim como os jogadores, estamos perdidos em meio ao tumulto, alguns são expulsos e outros substituídos. Os líderes mandados para fora, e outros assumem o comando. O jogo está quente.

A emoção do jogo não está simplesmente em deixar a casa que foi um palco de glórias durante 58 anos de existência, ou na despedida. Está em querer sair com a cabeça erguida e adentrar no novo campo de jogo.

Como cristãos estamos vivendo nosso advento. Estamos em jogo. E nesse jogo o presidente geral diz: “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,...” (Lucas 17.26 – 27). Mas, mesmo que o jogo seja permitido e necessário, chegaremos ao final da partida.

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

cristo_para_todos@hotmail.com

28/11/2012

Virgindade: presenteada ou leiloada?

Levando meus filhos pequenos para o colégio, no início da tarde, sou obrigado a trocar a emissora de rádio algumas vezes. Tem muitas frases de efeito sexual que podem se levar na brincadeira, mas dificilmente os apresentadores conseguem estabelecer um limite, de forma que acaba sempre havendo comentários que ultrapassam o humor.

Troco o canal, mas logo começa uma música de esfrega aqui, tira a roupa lá, requebra molhadinha ali – muito constrangedor!

Não sou do tipo que acha errado falar de sexo, antes sei que a sexualidade é um dom do Criador. Também não quero aqui roubar a liberdade de expressão de ninguém, pois sei que cabe a mim trocar a sintonia. Mas dando este exemplo do que ouço nas rádios sem mencionar televisão e internet, quero dizer que não fico surpreso com a atitude de jovens que estão leiloando a virgindade.

Eu sei que muitos vão me chamar de careta. Porém tenho reparado que aqueles que se gabam de uma vida sexual intensa e diversificada, não conseguem manter relacionamentos felizes. As brigas motivadas por inseguranças e ciumeiras se multiplicam. Por mais prazer que relacionamentos diversificados possam dar, o sentimento de vazio e de tristeza é cada vez maior!

A Bíblia diz assim: 6.15Será que vocês não sabem que o corpo de vocês faz parte do corpo de Cristo? Será que eu vou pegar uma parte do corpo de Cristo e fazer com que ela seja parte do corpo de uma prostituta? É claro que não! (...) 18 Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo, mas a pessoa que comete imoralidade sexual peca contra o seu próprio corpo. 19 Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus.” (1 Co 6.15-19).

O livro bíblico de Cantares revela poesias, que expõem toda a alegria sexual de um casal que vive o dom de Deus de maneira intensa e fiel em seu casamento.

Deus sabe das coisas! Sabe mesmo! Quando nos propõe que entreguemos nossa virgindade como um presente apenas a nossa amada, ou ao nosso amado, nos promete não uma quantia em dinheiro obtida em um leilão, mas uma felicidade, segurança e satisfação que muitos nem imaginam que exista!

Pastor Ismar Pinz

ismarpinz@yahoo.com.br

Comunidade Luterana Cristo Redentor

20/11/2012

Ação de Graças ou desgraça?

Têm coisas que fazemos automaticamente, sem pensar. São hábitos, costumes, rotinas. O jeito de comer, andar, sentar, vestir-se, trabalhar, descansar, escrever. Até o jeito de relacionar-se. Estes hábitos podem ser bons ou ruins. Por exemplo, se me acostumei a sentar numa posição incorreta, com o tempo minha coluna reclama, se me habituei com uma alimentação errada, a saúde do corpo não vai longe. E grande parte vem por educação, de pais a filhos, de professores a alunos. De tal modo que o cultivo dos maus hábitos tem nome: falta de educação. E parece que estamos vivendo tempos de gente sem educação. Em quase tudo, especialmente na palavra: “obrigado”. Lembro-me quando criança de meus pais: “Como se diz?” – referindo-se ao agradecimento por um presente ou favor recebido.

Deixar ou esquecer-se de agradecer também virou costume no assunto “bênçãos de Deus”. Em grande parte pela teoria que tudo surgiu e surge do nada. Nesta ideia evolucionista, até se compreende em não render “ação de graças”. Agradecer a quem? Ao Big Bang? À mãe natureza? Ao Sol, à Lua? Porém, se tal atitude vem de alguém que professa que “é Deus quem dá o sustento aos que ele ama, mesmo quando estão dormindo” (Salmo 127.2)? De uma pessoa convicta “que ninguém pode ter alguma coisa se ela não for dada por Deus” (João 3.27)? Algo parecido com aquela ingratidão reclamada pelo próprio Jesus, depois que curou dez leprosos e só um voltou para agradecer. “Onde estão os outros nove?” (Lucas 17.17). Esta pergunta o Salvador ainda faz, quando o que chama a atenção mesmo é a insistência no “eu quero, quero, quero, em nome de Jesus” – como se Deus fosse obrigado a dar tudo o que pedem. Algo parecido com o jeito das crianças de hoje que não sabem ouvir um não. Até porque “graças” na Bíblia significa presente “imerecido”. Por isto “todos os dias te darei graças e sempre te louvarei”, diz o salmista. Pura graça de um Deus que veio enrolado de presente.

Marcos Schmidt, pastor luterano - marsch@terra.com.br

Igreja Evangélica Luterana do Brasil - Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS